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O quotidiano é coisa chata
O quotidiano é coisa chata
Sem segredos
Salvo o nascer e o morrer do sol
Aconteceu-me porém quebrar com o dia-a-dia
E desfazer-me dos manuscritos
Já amarelecidos no pensamento
O incêndio foi tal
Que a sirene dos bombeiros tocou três vezes
Não há nada mais belo que a piromania
E ver o vermelho do futuro a subir ao céu
TAIPA A NOITE 02.12 H
7-12-2014
MA NU
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Busquei em papiros egípcios
Busquei em papiros egípcios
Em troncos de bambu
Nas pedras de todos os rios
Até nos templos greco-latinos
Mas não encontrei nenhuma inscrição
Nenhuma definição do meu sono
Feito de sangue de Deus e do Diabo
Será talvez por ser diletante
Ou porque meu nome nunca foi constante
Assim como o meu sonho
Porém nada nem ninguém me diz
Se tudo isto foi ou é mau-olhado
Ou apenas um brincadeira do Diabo
Porque Deus é sério no entanto rouba-me o sono
E fico-me apenas com esse sonho que de tão intangível
Se torna tão real mesmo com asas ... mas sem corpo
TAIPA EM CASA A TARDE
6-12-2014
MA TIAN LONG