top of page


* * * * *
O quotidiano é coisa chata 

 

O quotidiano é coisa chata

Sem segredos

Salvo o nascer e o morrer do sol

Aconteceu-me porém quebrar com o dia-a-dia

E desfazer-me dos manuscritos

Já amarelecidos no pensamento

O incêndio foi tal 

Que a sirene dos bombeiros tocou três vezes

Não há nada mais belo que a piromania

E ver o vermelho do futuro a subir ao céu

 

TAIPA A NOITE 02.12 H

7-12-2014

MA NU
 

* * * * *
Busquei em papiros egípcios

 

Busquei em papiros egípcios

Em troncos de bambu

Nas pedras de todos os rios

Até nos templos greco-latinos

Mas não encontrei nenhuma inscrição

Nenhuma definição do meu sono

Feito de sangue de Deus e do Diabo

Será talvez por ser diletante

Ou porque meu nome nunca foi constante

Assim como o meu sonho

Porém nada nem ninguém me diz

Se tudo isto foi ou é mau-olhado

Ou apenas um brincadeira do Diabo

Porque Deus é sério no entanto rouba-me o sono

E fico-me apenas com esse sonho que de tão intangível

Se torna tão real mesmo com asas ... mas sem corpo

 

TAIPA EM CASA A TARDE

6-12-2014

MA TIAN LONG

 

bottom of page